O ataque de Trump e dos EUA aprofunda a escalada de agressões imperialistas que vem sendo promovidas nos últimos anos. Com um drone direcionado ao aeroporto de Bagdá, no Iraque, Qassem Soleimani, foi assassinado a sangue de frio. Ele ocupava a função de comandante militar chefe da Força Revolucionária da Guarda Quds do Irã e era considerado um dos homens mais importantes do país - o que se demonstrou em seu funeral que reuniu milhões de pessoas.
A postura de Trump consolida uma grave violação à soberania do Irã e Iraque, ao direito internacional e também aos direitos humanos. Os atos e declarações vindos da presidência dos Estados Unidos colocam em risco também os conflitos pré-existentes no Oriente Médio e interferem na soberania de outros Estados a mando de um imperialismo violento e exploratório.
É importante ressaltar, em meio a tanta hipocrisia da direita brasileira, que repudiar as ações imperialistas e anti humanas dos EUA, não significa legitimar ou acobertar o sistema teocrático iraniano, sua perseguição sistemática aos LGBTs, mulheres feministas e minorias religiosas e sociais. Setores conservadores do Brasil tem se aproveitado das violações dos direitos humanos no Irã para justificar o ataque imperialista dos EUA, quando sabemos que esses mesmos setores tentam impor um processo teocrático similar ao iraniano, utilizando o cristianismo embasado num fundamentalismo neopetencostal.
Lamentamos também o papel que o Brasil vem cumprindo a nível internacional, que seja através da nota abstrata do Itamaraty ou através da inédita live de facebook de Bolsonaro assistindo acriticamente ao discurso de Trump, importa conflitos e faz coro com os Estados Unidos.
Nós, do RUA - Juventude Anticapitalista condenamos veementemente a campanha violenta que temos assistido no conflito, acreditamos na defesa universal dos direitos humanos e nos posicionamos contrários à qualquer iniciativa de medo, terror e guerra promovidas pelo imperialismo.