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O cérebro eletrônico faz tudo
Quase tudo
Quase tudo
Mas ele é mudo
O cérebro eletrônico comanda
Manda e desmanda
Ele é quem manda
Mas ele não anda
Cérebro Eletrônico (1969) - Gilberto Gil
Arte: Thiana Fragoso / RUA UERJ
Tese do RUA para o Festival dos Estudantes da UNE
Nossa geração tem o desafio histórico de derrotar o fascismo. Os planos de Bolsonaro para a educação são um ataque à autonomia e diversidade de pensamento nas escolas e universidades. Enfrentaremos projetos autoritários de educação, como o Escola Sem Partido, estaremos na defesa de um ensino crítico, que respeite a pluralidade de pensamento. Somos sementes daqueles e daquelas que sempre gritaram por liberdade. A defesa do nosso futuro já começou! Vem com o RUA!
“Brasil, chegou a vez: de ouvir as Marias, Mahins, Marielles, malês!”
Falar da história do Brasil é falar de uma história de luta e resistência. A Mangueira entra na avenida em 2019 cantando: desde 1500, tem mais invasão do que descobrimento. É uma ferida que não cicatriza, uma história que é contada numa perspectiva embranquecedora e colonial. E no capítulo mais recente do nosso país, a eleição de Bolsonaro, ainda que sua campanha tentasse dialogar com o desejo de renovação das pessoas, representa o que há de mais atrasado na política brasileira. Não à toa, a primeira medida do novo governo foi passar da FUNAI para o Ministério da Agricultura a demarcação de terras indígenas, retrocedendo no direito de retomada dos povos originários para garantir os lucros do agronegócio.
Ainda assim, há setores que acham que estabilizar o governo Bolsonaro é a melhor saída, fechando acordos em torno da candidatura de Rodrigo Maia como presidente da Câmara dos Deputados, por exemplo. O deputado será um dos principais articuladores da Reforma da Previdência de Bolsonaro no Congresso Nacional, proposta ainda pior que a apresentada por Temer. As entidades estudantis precisam somar na luta das e dos trabalhadores e barrar a Reforma da Previdência. Oposição ao fascismo se faz mobilizando o povo pras ruas!
Não temos dúvidas de que passaremos por um período mais difícil para a juventude, negritude, mulheres e LGBTs. O decreto que facilita a posse de armas não é saída para o que chamam de “crise de segurança pública”, o que na verdade é um projeto de genocídio do povo negro. É urgente construirmos a campanha Mais armas = mais violência!, denunciando a militarização da vida como agente do extermínio da juventude negra e do aumento de feminicídios e LGBTcídios no nosso país. E, na educação, enfrentar o projeto ideológico que quer retirar o debate de direitos humanos e cidadania das nossas salas de aula. Derrotar o Escola Sem Partido é derrotar o projeto de pensamento único! Nossa história vem de muitos caminhos e nosso povo é diverso. Precisamos conhecer as nossas lutas e reescrever por nós mesmas os próximos passos.
“Onde quer que houvesse gente, brotavam como sementes”
Há 11 meses, executaram cruelmente Marielle Franco, mulher negra, periférica, LBT, vereadora do PSOL do Rio de Janeiro. Mas mal sabiam que Marielle foi semente e inspirou a coragem pra seguirmos em luta, estando na linha de frente da resistência democrática. As mulheres ocuparam as redes e as ruas e massificaram os atos do #EleNão, fizemos política corpo a corpo e renovamos a esperança com o movimento Vira-Voto. Elegemos a maior bancada feminina da história do Congresso Nacional e a ALESP terá a primeira mulher trans e negra como deputada.
É nossa tarefa somar na agenda internacional do março feminista, construindo atos e intervenções no 8M (Dia Internacional de luta das Mulheres) e no 14M (Dia de mobilização em memória de Marielle Franco), como datas de reivindicação de Justiça para Marielle, pelo fim de toda forma de violência contra as mulheres, contra o Governo Bolsonaro, a reforma da previdência e em defesa dos nossos direitos.
Olho no olho: um CONEB para articular a luta!
Salvador recebe de 06 a 10 de fevereiro o Festival dos Estudantes. A programação inclui o 15º Congresso das Entidades de Base da UNE - CONEB, espaço que reúne Centros e Diretórios Acadêmicos de todo o Brasil. Esse é o primeiro grande espaço de estudantes desde o início do governo Bolsonaro, por isso, precisamos juntos pensar e apontar os rumos da resistência e da defesa da educação!
O CONEB é um dos eventos mais democráticos e qualificados da UNE. Mesmo assim, desde 2013 o espaço não é convocado pela direção majoritária da entidade. Isso influencia e diminui o potencial de debate das entidades que estão mais próximas do dia-a-dia das e dos estudantes. Se criticamos o fato do CONEB não acontecer há seis anos, também não é positivo que a programação ocorra de forma simultânea à Bienal. Isso dificulta a construção aprofundada dos debates tanto de educação, como de cultura.
O que defendemos no CONEB?
A UNE, assim como todas e todos que estão neste congresso, devem voltar para seus estados com o compromisso, seja nos nossos CAs, DAs, DCEs ou outros espaços de militância estudantil, de:
Construir Frentes amplas para eleição de reitorias, não deixaremos o Bolsonaro escolher os nossos reitores!
Defender a regulamentação do ensino privado e os estudantes PROUNIstas e bolsistas do FIES, para que os estudantes não fiquem reféns dos acordos entre os tubarões do ensino e os banqueiros!
Barrar a evasão, não vamos retroceder na política de cotas e na permanência estudantil!
Ocupei escola, meu pensamento é livre!
Salvador recebe de 06 a 10 de fevereiro o Festival dos Estudantes. A programação inclui o 4º Encontro Nacional de Grêmios da UBES. O grêmio estudantil é a entidade que representa os e as estudantes de uma escola. Serve para aquecer o movimento estudantil: ouvir a estudantada, mobilizar e defender nossos direitos, ombro a ombro com quem sente na pele a necessidade de uma escola de qualidade, democrática e direitos sociais para a juventude, como passe livre, cultura e lazer!
Por uma escola sem opressões
O machismo, o racismo e a LGBTfobia estruturam nossa sociedade para ampliar desigualdades sociais. Na escola estadual Zuleika Barros SP, um aluno negro foi esfaqueado por outro, que se dizia nazi-fascista. Em algumas escolas, a polícia intervém para bater em estudantes das periferias. Alunas cotidianamente sofrem assédio de estudantes e professores. Ninguém merece sofrer preconceito por ser negro, por ser mulher ou LGBT. Queremos uma escola sem opressão e com políticas de prevenção à violência!
Juventude negra quer viver!
A história dos negros não é contada na escola, mesmo com a aprovação do ensino de história da África aprendemos que somos descendentes de escravos e não de Reis e Rainhas que foram escravizados, tá vendo como uma versão diferente da história pode mudar tudo? Vamos reunir os secundas no Encontro de Negros e Negras da UBES porque precisamos que nossas escolas que combatam o racismo, mudando a forma de educar. Para que não mais sejamos vítimas do genocídio que rola hoje no país, onde a cada 23 minutos um jovem negro morre.
Para que a gente se lembre de Amarildo um homem negro, pedreiro, morador da rocinha, sem passagem na polícia, que desapareceu após ser abordado pela polícia e ainda hoje a família quer saber Cadê o Amarildo, Cláudia Ferreira mulher negra que foi cruelmente arrastada pela viatura policial e Rafael Braga jovem negro, em situação de rua, preso por estar com uma garrafa de água sanitária, na hora de uma manifestação, depois em condicional, preso novamente por um flagrante forjado por policiais, sua memória seja a força de nossa luta!
Salvador berço cultural: a Bienal de volta para sua origem
A UNE vai celebrar seus 20 anos de enaltecimento da cultura popular em Salvador, cidade onde ocorreu a 1ª Bienal de Arte e Cultura em 1999, bem como onde a entidade foi refundada, 40 anos depois de desmantelada pela ditadura militar. Na década de 60, a UNE rodou o Brasil a experiência do Centro Popular de Cultura (CPC), que tinha como propósito impulsionar produções culturais estudantis revolucionárias. Perseguido pela ditadura, o instrumento durou apenas dois anos, mas foi muito importante para o debate de cultura brasileiro.
Nos dias de hoje, precisamos que o CUCA revisite e reinvente a experiência do antigo CPC, estimulando a produção de resistência pela arte e cultura no Brasil. Nossa geração já nasceu conectada e nas redes sociais. O debate de comunicação e cultura está no nosso cotidiano, na palma da mão. Se sonhamos em sermos maiores, é necessário reinventar nossas formas de dialogar com as e os estudantes e a população. As rodas de rima, slam e os teatros populares são expressões de uma juventude plural, que organiza a sua indignação em diferentes espaços. Para nós, a Bienal é um evento para pensar a cultura como instrumento de luta contra os ataques do governo Bolsonaro. Marcelo D2 deu o recado em Amar é Para os Fortes: nosso movimento natural é de resistência cultural!
Nesse ano ainda tem CONUNE!
Esse ano acontecerá o Congresso da União Nacional dos Estudantes (CONUNE), nele atualizamos a política da entidade para os próximos dois anos e elegemos sua diretoria. Se você acha que o movimento estudantil é fundamental na oposição ao Governo Bolsonaro e quer construir uma UNE radical e presente na vida das e dos estudantes, vem com a gente!
Falar da história do Brasil é falar de uma história de luta e resistência. A Mangueira entra na avenida em 2019 cantando: desde 1500, tem mais invasão do que descobrimento. É uma ferida que não cicatriza, uma história que é contada numa perspectiva embranquecedora e colonial. E no capítulo mais recente do nosso país, a eleição de Bolsonaro, ainda que sua campanha tentasse dialogar com o desejo de renovação das pessoas, representa o que há de mais atrasado na política brasileira. Não à toa, a primeira medida do novo governo foi passar da FUNAI para o Ministério da Agricultura a demarcação de terras indígenas, retrocedendo no direito de retomada dos povos originários para garantir os lucros do agronegócio.
Ainda assim, há setores que acham que estabilizar o governo Bolsonaro é a melhor saída, fechando acordos em torno da candidatura de Rodrigo Maia como presidente da Câmara dos Deputados, por exemplo. O deputado será um dos principais articuladores da Reforma da Previdência de Bolsonaro no Congresso Nacional, proposta ainda pior que a apresentada por Temer. As entidades estudantis precisam somar na luta das e dos trabalhadores e barrar a Reforma da Previdência. Oposição ao fascismo se faz mobilizando o povo pras ruas!
Não temos dúvidas de que passaremos por um período mais difícil para a juventude, negritude, mulheres e LGBTs. O decreto que facilita a posse de armas não é saída para o que chamam de “crise de segurança pública”, o que na verdade é um projeto de genocídio do povo negro. É urgente construirmos a campanha Mais armas = mais violência!, denunciando a militarização da vida como agente do extermínio da juventude negra e do aumento de feminicídios e LGBTcídios no nosso país. E, na educação, enfrentar o projeto ideológico que quer retirar o debate de direitos humanos e cidadania das nossas salas de aula. Derrotar o Escola Sem Partido é derrotar o projeto de pensamento único! Nossa história vem de muitos caminhos e nosso povo é diverso. Precisamos conhecer as nossas lutas e reescrever por nós mesmas os próximos passos.
“Onde quer que houvesse gente, brotavam como sementes”
Há 11 meses, executaram cruelmente Marielle Franco, mulher negra, periférica, LBT, vereadora do PSOL do Rio de Janeiro. Mas mal sabiam que Marielle foi semente e inspirou a coragem pra seguirmos em luta, estando na linha de frente da resistência democrática. As mulheres ocuparam as redes e as ruas e massificaram os atos do #EleNão, fizemos política corpo a corpo e renovamos a esperança com o movimento Vira-Voto. Elegemos a maior bancada feminina da história do Congresso Nacional e a ALESP terá a primeira mulher trans e negra como deputada.
É nossa tarefa somar na agenda internacional do março feminista, construindo atos e intervenções no 8M (Dia Internacional de luta das Mulheres) e no 14M (Dia de mobilização em memória de Marielle Franco), como datas de reivindicação de Justiça para Marielle, pelo fim de toda forma de violência contra as mulheres, contra o Governo Bolsonaro, a reforma da previdência e em defesa dos nossos direitos.
Olho no olho: um CONEB para articular a luta!
Salvador recebe de 06 a 10 de fevereiro o Festival dos Estudantes. A programação inclui o 15º Congresso das Entidades de Base da UNE - CONEB, espaço que reúne Centros e Diretórios Acadêmicos de todo o Brasil. Esse é o primeiro grande espaço de estudantes desde o início do governo Bolsonaro, por isso, precisamos juntos pensar e apontar os rumos da resistência e da defesa da educação!
O CONEB é um dos eventos mais democráticos e qualificados da UNE. Mesmo assim, desde 2013 o espaço não é convocado pela direção majoritária da entidade. Isso influencia e diminui o potencial de debate das entidades que estão mais próximas do dia-a-dia das e dos estudantes. Se criticamos o fato do CONEB não acontecer há seis anos, também não é positivo que a programação ocorra de forma simultânea à Bienal. Isso dificulta a construção aprofundada dos debates tanto de educação, como de cultura.
O que defendemos no CONEB?
A UNE, assim como todas e todos que estão neste congresso, devem voltar para seus estados com o compromisso, seja nos nossos CAs, DAs, DCEs ou outros espaços de militância estudantil, de:
Construir Frentes amplas para eleição de reitorias, não deixaremos o Bolsonaro escolher os nossos reitores!
Defender a regulamentação do ensino privado e os estudantes PROUNIstas e bolsistas do FIES, para que os estudantes não fiquem reféns dos acordos entre os tubarões do ensino e os banqueiros!
Barrar a evasão, não vamos retroceder na política de cotas e na permanência estudantil!
Ocupei escola, meu pensamento é livre!
Salvador recebe de 06 a 10 de fevereiro o Festival dos Estudantes. A programação inclui o 4º Encontro Nacional de Grêmios da UBES. O grêmio estudantil é a entidade que representa os e as estudantes de uma escola. Serve para aquecer o movimento estudantil: ouvir a estudantada, mobilizar e defender nossos direitos, ombro a ombro com quem sente na pele a necessidade de uma escola de qualidade, democrática e direitos sociais para a juventude, como passe livre, cultura e lazer!
Por uma escola sem opressões
O machismo, o racismo e a LGBTfobia estruturam nossa sociedade para ampliar desigualdades sociais. Na escola estadual Zuleika Barros SP, um aluno negro foi esfaqueado por outro, que se dizia nazi-fascista. Em algumas escolas, a polícia intervém para bater em estudantes das periferias. Alunas cotidianamente sofrem assédio de estudantes e professores. Ninguém merece sofrer preconceito por ser negro, por ser mulher ou LGBT. Queremos uma escola sem opressão e com políticas de prevenção à violência!
Juventude negra quer viver!
A história dos negros não é contada na escola, mesmo com a aprovação do ensino de história da África aprendemos que somos descendentes de escravos e não de Reis e Rainhas que foram escravizados, tá vendo como uma versão diferente da história pode mudar tudo? Vamos reunir os secundas no Encontro de Negros e Negras da UBES porque precisamos que nossas escolas que combatam o racismo, mudando a forma de educar. Para que não mais sejamos vítimas do genocídio que rola hoje no país, onde a cada 23 minutos um jovem negro morre.
Para que a gente se lembre de Amarildo um homem negro, pedreiro, morador da rocinha, sem passagem na polícia, que desapareceu após ser abordado pela polícia e ainda hoje a família quer saber Cadê o Amarildo, Cláudia Ferreira mulher negra que foi cruelmente arrastada pela viatura policial e Rafael Braga jovem negro, em situação de rua, preso por estar com uma garrafa de água sanitária, na hora de uma manifestação, depois em condicional, preso novamente por um flagrante forjado por policiais, sua memória seja a força de nossa luta!
Salvador berço cultural: a Bienal de volta para sua origem
A UNE vai celebrar seus 20 anos de enaltecimento da cultura popular em Salvador, cidade onde ocorreu a 1ª Bienal de Arte e Cultura em 1999, bem como onde a entidade foi refundada, 40 anos depois de desmantelada pela ditadura militar. Na década de 60, a UNE rodou o Brasil a experiência do Centro Popular de Cultura (CPC), que tinha como propósito impulsionar produções culturais estudantis revolucionárias. Perseguido pela ditadura, o instrumento durou apenas dois anos, mas foi muito importante para o debate de cultura brasileiro.
Nos dias de hoje, precisamos que o CUCA revisite e reinvente a experiência do antigo CPC, estimulando a produção de resistência pela arte e cultura no Brasil. Nossa geração já nasceu conectada e nas redes sociais. O debate de comunicação e cultura está no nosso cotidiano, na palma da mão. Se sonhamos em sermos maiores, é necessário reinventar nossas formas de dialogar com as e os estudantes e a população. As rodas de rima, slam e os teatros populares são expressões de uma juventude plural, que organiza a sua indignação em diferentes espaços. Para nós, a Bienal é um evento para pensar a cultura como instrumento de luta contra os ataques do governo Bolsonaro. Marcelo D2 deu o recado em Amar é Para os Fortes: nosso movimento natural é de resistência cultural!
Nesse ano ainda tem CONUNE!
Esse ano acontecerá o Congresso da União Nacional dos Estudantes (CONUNE), nele atualizamos a política da entidade para os próximos dois anos e elegemos sua diretoria. Se você acha que o movimento estudantil é fundamental na oposição ao Governo Bolsonaro e quer construir uma UNE radical e presente na vida das e dos estudantes, vem com a gente!