O 16º CONEB e a 14ª Bienal da UNE estão chegando! Vamos juntos construir política através da cultura, arte e debates. O Movimento RUA, junto à Juventude Sem Medo, convoca os estudantes de cada canto do país a disputar nossos sonhos e transformar nossa realidade nas ruas, universidades e territórios. Vem com a gente lutar por um futuro anticapitalista e ecossocialista!
SEM ANISTIA PARA OS GOLPISTAS! DO BRASIL À PALESTINA, DERROTAR A EXTREMA-DIREITA!
Das armas que matam na Palestina às favelas e quebradas brasileiras; da volta de Trump à presidência nos EUA ao domínio das BigTechs e o fortalecimento de partidos e figuras fascistas em todo o mundo; das queimadas ecocidas articuladas pelo agronegócio às enchentes no Rio Grande do Sul, a extrema-direita demonstra alta capacidade de exploração e opressão sobre a classe trabalhadora, nossas terras e territórios. Em todo o mundo, avança com ideias violentas, autoritárias, racistas, machistas, LGBTfóbicas, supremacistas e capacitistas, que disputam espaço na sociedade.
Mas se de um lado tentam nos convencer de que, diante desse projeto que precariza nossas condições de vida e destrói nossa visão de futuro, a desesperança e as saídas individuais são os únicos caminhos possíveis. De outro, cabe a nós reorganizar o lado de cá! Acreditamos na unidade entre os setores em luta que reconhecem a mobilização como central para enfrentar os opressores. Foi assim que impusemos a ordem do dia ao comover maiorias e agitar a parcela mais precarizada dos trabalhadores e trabalhadoras pelo fim da escala 6X1. E também assim impedimos o retrocesso nos direitos reprodutivos – Criança não é mãe! – e avançamos na aprovação de cotas trans em diversas universidades do país.
Nossa tarefa número um é derrotar a extrema-direita. Para isso, devemos impedir qualquer retrocesso na vida do povo. Não há espaço para a política de austeridade fiscal, que implica cortes em programas sociais, políticas públicas de saúde e educação e ações de enfrentamento ao colapso climático. Ao mesmo tempo, não podemos subestimar a força dos setores golpistas. Nosso recado é claro: SEM ANISTIA! PRISÃO PARA BOLSONARO E TODOS OS ENVOLVIDOS NO 8 DE JANEIRO!
A juventude é o motor da história. Toda vez que nós nos organizamos, o mundo muda de lugar. É essa energia transformadora que continua inspirando mudanças e enfrentando desafios nas ruas, nas universidades e nos territórios. Convidamos você a construir conosco um futuro anticapitalista, ecossocialista e de esperança. Vem com a gente disputar um novo agora!
UNIVERSIDADE DE PÉ, ARCABOUÇO FISCAL NO CHÃO!!
Quem está na batalha do dia a dia de estudar e trabalhar, de construir Centros Acadêmicos e coletivos estudantis, sabe que a realidade das universidades e faculdades está difícil. A universidade tornou-se um lugar de passagem: temos que conciliá-la com trabalhos em escala 6x1, estágios mal remunerados ou, ainda, estágios obrigatórios que nos impedem de trabalhar e obter os recursos para nos manter.
Nas públicas, as condições de infraestrutura precárias, os desmontes da política de permanência, a falta de docentes e funcionários, a perseguição aos espaços de organização estudantil, os currículos eurocêntricos e as violências racistas, machistas, LGBTfóbicas e capacitistas refletem o projeto discriminatório por trás do ensino universitário. Nas universidades privadas, a inexistência de políticas de permanência, as mensalidades abusivas, o avanço do EAD, a falta de controle de qualidade de diversas graduações e a perseguição ao movimento estudantil são exemplos de um projeto de educação que só quer lucrar em cima dos estudantes e servidores.
E as disputas sobre a educação seguem em jogo. A extrema-direita ataca constantemente as instituições de ensino, nega a ciência e tenta convencer a população que o conhecimento que ali é produzido não serve. O mercado, por sua vez, faz propaganda contra o ensino superior, utilizando jovem, influencer e crianças dizendo “estudar para que? Tem que empreender” e ainda domina o Ministério da Educação, utilizando-o como palco de seus interesses. Mas a história nos mostra que o movimento estudantil, quando conectado às necessidades des estudantes, erguidos sobre bases democráticas, através de uma cultura política de solidariedade e organizado na construção para ações em unidade que aglutinam nossas batalhas de todos os cantos do Brasil, é capaz de arrancar vitórias!
No último período a UNE participou de importantes vitórias como a renovação da Lei de Cotas e a transformação do PNAES em lei e teve posicionamentos importantes como a nota contra o arcabouço fiscal. No entanto, ainda há dificuldade em transformar esses posicionamentos em processo contínuo e crescente de articulação e mobilização estudantil nas bases das universidades.
A Reforma Universitária é uma oportunidade para reacendermos os debates sobre os rumos da educação no país. Para isso, a UNE precisa ser protagonista, articulando espaços potentes de discussão sobre as políticas educacionais, em conjunto com estudantes, professores, técnicos e todo o movimento educacional. Este é o momento de enfrentar o obscurantismo da extrema-direita, organizar a luta pela educação pública e emancipatória, construir e sonhar com universidades mais democráticas, conectadas com a realidade do povo e que produzam soluções para os desafios do presente.
Para que a UNE cumpra seu papel histórico, a condução coletiva e democrática, a unidade na ação e a força total na mobilização são o caminho. Essa é a chave para criarmos condições para enfrentar os desafios do agora. Nós do Movimento RUA - Juventude_Anticapitalista propomos dez pontos para a luta dos estudantes brasileiros, e fazemos um convite aos Centros Acadêmicos para construirmos iniciativas conjuntas em cada universidade desse Brasil.
- Por um plano de transição de vagas do ensino privado para o público! Taxar os tubarões do ensino para expandir as IES públicas rumo ao fim do vestibular!
- Cotas Trans, PCDs e Vestibular Indígena Já! Por cotas na docência e na pós-graduação! Por políticas de permanência específicas para estudantes negres, indígenas, mulheres, LGBT+, PCDs, refugiades climáticos, moradores de territórios atingidos pela violência de Estado e pessoas que gestam e cuidam
- Universidades de pé, arcabouço fiscal no chão! Pela defesa do piso constitucional da educação! Pela garantia de orçamento ao PNAES e que o PNAEST vire lei! Taxação dos bilionários para financiar a saúde e educação.
- Pela vida além do Trabalho! Fim da escala 6x1: a juventude quer estudar!
- Garantia de investimento em pesquisas que combatam os efeitos da crise climática e fortaleçam a construção de uma transição energética popular! Por planos de adaptação climática nas universidades!
- Pela regulamentação do ensino privado! fim dos 40% do EAD no ensino presencial e exigência de contrapartidas de permanência estudantil nas universidades privadas.
- Universidades livre do apartheid! Pelo rompimento de todos as parcerias, acordos de cooperação e convênios entre universidades públicas brasileiras e IES/empresas israelenses!
- Em defesa da autonomia e da democracia universitária! Pelo fim da lista tríplice e por eleições diretas para reitoria!
- Revisão das bases teóricasdos currículos! Por projetos de extensão que reconheçam os conhecimentos das comunidades tradicionais e fortaleçam a educação popular nos territórios!
- Por implementação de centros de atenção psicossociais em todos os campi para acesso des estudantes e de comunidade do território! Em defesa dos espaços estudantis, das festas, da produção de cultura na universidade!
SEREMOS A GERAÇÃO QUE VAI BARRA O FIM DO MUNDO!
A transformação radical da política de educação que sonhamos apenas é possível se a nossa geração colocar no centro o enfrentamento do colapso climático! O movimento estudantil precisa denunciar a urgência do que estamos vivendo e transformar as universidades em pólos de produção de saberes e práticas para barrar o fim do mundo, construir a transição energética e pensar um outro modelo de desenvolvimento socioeconômico, baseado na garantia de direitos e no bem-viver: sempre conectados às resistências populares, e aos saberes dos povos tradicionais e das florestas!
Um outro mundo é urgente e é fundamental colocarmos, desde agora, a universidade a serviços da construção desse futuro! Por isso, nós do RUA_Juventude Anticapitalista convidamos todes estudantes e entidades para construírem conosco essas discussões e batalhas para coletivamente jogar a extrema-direita na lata de lixo da história e enfrentar a crise climática, fazendo surgir um novo mundo erguido peles explorades e oprimides!
VEM COM O RUA PRO CONEB!