RUA COM BRENO E ANTONIO
A democracia brasileira vive uma crise de representatividade provocada pelo crescente distanciamento entre o poder público e a sociedade civil. Esse esgotamento atinge todas as esferas da administração pública. Falta acesso à informação, controle social, e meios para que a população seja ouvida e participe das decisões de interesse público.
Além de dispor de inúmeras instituições de um acúmulo histórico de estudos, Juazeiro e a região do Vale do São Francisco contam também com tecnologias desenvolvidas pelos territórios e movimentos populares. E é a este patrimônio que precisamos recorrer para reorganizar nossos órgãos de planejamento e aprimorar os métodos de monitoramento dos indicadores, de elaboração das projeções e de integração dos diferentes setores da administração pública. Assim, poderemos também intervir enquanto movimento social nos rumos da nossa cidade, pautando um projeto de cidade que faça a inversão das prioridades e superando a desigualdade existente.
É preciso envolver os centros de pesquisa (acionando toda a comunidade acadêmica: estudantes, professores e funcionários) em uma política de recomposição da máquina pública do município, com ênfase na sistematização de dados e produção de modelos técnicos para a organização de mecanismos democráticos de gestão socioambiental dos territórios. Queremos uma estrutura de governo que priorize a transparência pública e a participação popular, se oriente em torno de políticas de promoção da liberdade e da diversidade, e garanta um planejamento urbano e rural atento à justiça socioambiental.
A maior parte das crianças, adolescentes e jovens de Juazeiro vive hoje uma situação de risco e de vulnerabilidade social. A ausência de políticas públicas efetivas tem contribuído para um presente de exclusão, violação de direitos e extermínio. Diante disso, é preciso garantir os direitos da infância e da juventude, assegurando o protagonismo das crianças e jovens na formulação de políticas públicas, priorizando a rede de proteção integral que tem o papel de atuar na prevenção e fortalecendo o trabalho intersetorial que valorize a educação, a cultura e a saúde como áreas essenciais para o desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens.
Diante de tudo isso não nos resta outra opção senão fazer da rua a parte principal da cidade e nos engajarmos em um projeto anticapitalista, antissistêmico e popular, sendo de fato uma alternativa em Juazeiro jamais vista em outros processos, superando também a lógica da personificação. Assim, o RUA – Juventude Anticapitalista, buscando inverter a lógica da cidade-capital e disputar uma cidade pensada por e para aqueles e aquelas que a produzem e sentem na pele o dia a dia das suas contradições, por aqueles e aquelas que conhecem os endereços das balas perdidas, por aqueles e aquelas que resistem nas rodas de rima, bailes e grafites, por aqueles e aquelas que conhecem o perrengue da falta de vagas nas escolas e hospitais, pelas famílias que sentem no bolso o preço do arroz, do aluguel, do transporte e trabalham dobrado pra fechar a conta no fim do mês, pela negritude, pelos povos originários, pelas mulheres, pela população LGBTQIA+, pela periferia, decidimos apoiar a candidatura de Breno Rainan e Antonio Carlos, por uma cidade anticapitalista, antissistêmica e popular.
Breno Rainan que constrói lutas no RUA, é educador popular, militante do movimento negro, de organização de juventude, estudantil e agroecológico tem uma vida pautada nas lutas do dia a dia de Juazeiro ao lado de Antonio Carlos que também conhece bem as demandas da nossa classe, a trabalhadora, foi cobrador de transporte público, fiscal de transportes e horários, hoje desenvolve a atividade de moto taxista e representa também os povos de terreiro, tendo mais de vinte anos no Axé.
Com esse apoio a chapa de Breno e Antonio nós do RUA – Juventude Anticapitalista acreditamos construir e legitimar nossas bandeiras e programaticamente nosso plano estratégico por uma modelo de cidade antissistêmico.