Com os gritos “el pueblo unido jamás será vencido” o movimento indígena foi recebido em Quito, após dias marchando em direção à capital de diferentes partes do Equador. O movimento, chamado de “Paro Nacional” é um basta ao estelionato eleitoral praticado por Lenin Moreno, eleito por um programa de combate à desigualdade e compromisso com os direitos sociais.
Ao chegar ao poder, o presidente virou as costas para o povo e passou a adotar as medidas econômicas mortais do Fundo Monetário Internacional (FMI), aplicando um pacote de austeridade e retirada dos subsídios governamentais diretamente a produtos consumidos pelo povo, com o mais grave sendo a gasolina - que subiu de $1,85 dólares o galão para $2,22.
Desde então, os trabalhadores do transporte começaram a se mobilizar na semana passada, até que nessa semana a Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE) passou a convocar as mobilizações. Diante do tamanho das marchas em direção à capital, o governo, covardemente, transferiu a sede governamental de Quito para Guayaquil, na costa.
Ainda que clamasse por diálogo, o movimento está sendo tratado pelo governo com forte repressão e o estado de exceção perdurará pelos próximos 60 dias - o que fere o direito à resistência garantido pelo artigo 98 da Constituição equatoriana. São gravíssimas violações de Direitos Humanos, com mais de 700 prisões contabilizadas, toque de recolher, bloqueio nos sinais dos meios de comunicação e uma campanha internacional de difamação do movimento popular e acusação de terrorismo.
equatorianos.
Nós, do movimento RUA- Juventude Anticapitalista, nos solidarizamos com a luta da juventude equatoriana, indígena, trabalhadora e estudantil, que, faz jus à história de seu povo e através das ruas mostra que o poder popular é muito mais forte do que seus governantes. Sabemos que esse sistema que almeja acabar com o futuro dos jovens equatorianos é o mesmo sistema que, servindo ao capital internacional, arranca vidas de jovens brasileiros todos os dias.
Em nota oficial da CONAIE Equador postada hoje (10 de outubro) a Confederação lamenta a morte de alguns companheiros que tiveram suas vidas ceifadas nas manifestações. Nós do RUA nos solidarizamos com as famílias e amigos de todos que perderam alguém no Equador e reafirmamos aqui todos os valores dos Direitos Humanos que deveriam ser para todas as pessoas.
Estaremos ao lado do povo equatoriano e de seu movimento nas ruas, pela suspensão imediata do Estado de Exceção, pela reversão dos acordos com o FMI, contra as medidas extrativistas e em defesa de seus territórios! Todo apoio ao povo que busca por justiça social e constrói nas ruas alternativas democráticas para seu país! Que o povo brasileiro veja em sua luta, uma inspiração.
#LaLuchaVaPorqueVa
#ElParoSigue