Parem de nos matar, chega de feminicídio!
Piauí, 31 de janeiro de 2023.
Os casos de estupros e feminicídio em todo o país e em particular no estado do Piauí tem se tornado cada vez mais recorrentes. A luta pela vida das mulheres é uma necessidade imediata. O terrível caso ocorrido na última sexta-feira (28), na Universidade Federal do Piauí (UFPI) com a estudante de Jornalismo, Janaína da Silva Bezerra, que morreu após sofrer estupro e ter seu pescoço quebrado, chocou o país.
No Piauí, a cada 72 horas, uma mulher é vítima de violência, aponta levantamento da Rede Observatórios de Segurança, e para frear os constantes casos de feminicídio em nosso estado precisamos pautar e fortalecer políticas públicas de combate a violência contra a mulher.
Precisamos pôr fim na cultura do estupro, neste sistema capitalista e patriarcal, que é a representação cruel e violenta de valores e crenças que estão enraizados na nossa sociedade que subjuga o corpo da mulher e a objetifica.
Mulheres não são e não podem ser culpabilizadas pelas violências que sofrem, essa prática é mais uma tentativa da sociedade de responsabilizar as próprias vítimas pelas violências sofridas.
Assim, é preciso que estejamos juntas para lutar pelo fortalecimento de medidas de enfrentamento a violência de gênero. Nós enquanto feministas e anticapitalistas compreendemos a violência machista como mais uma das ferramentas de opressão que estruturam a sociedade em que vivemos. Entendemos ainda que somente através de muita mobilização popular é que poderemos transformar a realidade e construir novos horizontes. Reafirmamos o feminismo anticapitalista e interseccional que pense raça, classe, orientação sexual, identidade e expressão de gênero, entre outros fatores, como caminho para nossa emancipação e para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária!